A expressão Inteligência Artificial, ou simplesmente IA, refere-se a sistemas ou máquinas que podem simular a inteligência e o comportamento humano para realizar tarefas, das mais simples às mais complexas, e podem se aprimorar iterativamente por meio das informações que coletam. No artigo desta semana vamos conhecer um pouco mais sobre a origem, o impacto em todas as esferas e, principalmente, as tendências desse conceito no futuro. Vamos lá?

 

Um pouco de história

Ainda que o matemático britânico Alan Turing (1912-1954) seja considerado pai da ciência da computação e da IA, o termo Artificial Intelligence (AI) só surgiu em 1956, criado pelo professor de matemática norte-americano John McCarthy (1927 – 2011), que o utilizou no convite para um evento no Dartmouth College, instituição universitária localizada em Hannover, New Hampshire — ocasião que reuniu um grupo de cientistas lendários como Oliver Selfridge, Marvin Minsky e Trenchard More para discutir automação — ciência emergente à época que abordava a capacidade das máquinas para exercer tarefas humanas.

 

Para todos os efeitos, a iniciativa, que durou cerca de oito semanas, proporcionou um vislumbre do que aconteceria nas próximas décadas — ou seja, o desenvolvimento de computadores que realizariam tarefas relacionadas à cognição, abstração e utilização de linguagem. Já em 1959 surgiu a expressão machine learning, ou aprendizado da máquina, utilizada para descrever sistemas que permitem aos computadores aprender determinadas funções sem que sejam programados para isso. Mais adiante, em meio a inúmeras pesquisas e análises, a IA deu outro salto de suma importância com a criação, em 1964, de ELIZA — o primeiro chatbot do mundo.

 

Desenvolvida por Joseph Weizenbaum no laboratório de Inteligência Artificial do MIT, ELIZA foi programada para conversar, de forma automática, por meio de dados e algoritmos baseados em palavras-chave, desempenhando o papel de uma psicóloga — enquanto os usuários humanos seriam seus pacientes. A lógica de interação se baseava em um roteiro com perguntas para os usuários, e ELIZA as respondia com base nas respostas que recebia (desde, claro, que estivessem em sua base de dados).

 

Tempos modernos

Talvez seja possível dizer que a Inteligência Artificial tenha, de fato, despertado a atenção do grande público em 1997, quando Garry Kasparov, melhor jogador de xadrez do planeta à época, foi derrotado pelo computador Deep Blue, da IBM — que calculava 200 milhões de possíveis jogadas à frente, capacidade muito superior à de qualquer humano. Em 2011 o Watson, também da IBM, venceu o Jeopardy!, programa de TV norte-americano de perguntas e respostas. Mais recentemente, em 2016, o campeão mundial de Go, Lee Sedol, foi derrotado pelo AlphaGo, do Google DeepMind.

 

Inteligência Artificial no dia a dia

Hoje, como consequência natural desse desenvolvimento e de grandes avanços, o fato é que a Inteligência Artificial faz parte do cotidiano (e, muitas vezes, de maneira imperceptível). Talvez não seja exagero afirmar, nesse sentido, que trata-se da principal mudança tecnológica em todos os tempos, uma vez que significa ensinar computadores a pensar, por meio de ferramentas como machine learning, deep learning (aprendizado profundo) e processamento de linguagem natural, entre outras. E as aplicações, como se pode imaginar, são incontáveis. Por exemplo:

  • Ajudar a escolher filmes — com base em filmes que o usuário já assistiu e avaliou em determinada plataforma de streaming é possível oferecer sugestões alinhadas a suas preferências.

 

  • Ajudar motoristas com os problemas do trânsito — é o caso do Waze, adquirido pelo Google em 2013, que “aprende” com os próprios usuários os melhores caminhos do mapa e recebe informações sobre congestionamentos, acidentes, bloqueio de vias e condições adversas de clima para fornecer, em tempo real, as rotas mais adequadas paa evitar tais complicações.

 

  • Calcular o tempo de espera em um pronto-socorro — é possível estimar o tempo de espera em um pronto-socorro com base em simulações como número de médicos e enfermeiros disponíveis, dados do paciente e dimensões dos consultórios — entre outros.

 

  • Auxiliar em investigações criminais — com Inteligência Artificial e machine learning é possível ajudar em investigações criminais através da análise de um grande volume de dados, reconhecimento facial, cruzamento de informações e identificação de padrões, entre outros aspectos.

 

  • Prever atrasos ou cancelamentos em voos — já existe um serviço capaz, em função das condições meteorológicas, de prever voos que podem sofrer atrasos ou cancelamentos. O sistema, vale ressaltar, possui 75% de precisão.

 

  • Ajudar a investir no mercado financeiro — ainda que haja certa controvérsia nesse caso, os defensores desse modelo afirmam que os algoritmos não estão sujeitos a medo e pressão na hora de investir (o que poderia influenciar negativamente um operador humano) e, por isso, são capazes de identificar as oportunidades mais lucrativas.

 

  • Desenvolver medicamentos — uma startup do Vale do Silício desenvolveu um modelo revolucionário, que une biologia e IA, para reduzir anos de pesquisa a minutos por meio do cruzamento de dados públicos e particulares (genéticos, inclusive). O objetivo é estabelecer a relação droga-doença e os fármacos mais indicados para, dessa maneira, combater determinada enfermidade.

 

  • Identificar pacientes que podem sofrer AVC — através da mineração de dados foi possível desenvolver um modelo capaz de identificar pacientes com chances de sofrer acidente vascular cerebral (AVC), cuja eficácia é de 70%.

 

  • Sugerir os tratamentos mais adequados para pacientes com câncer — o Watson, da IBM, quando aplicado à medicina, é capaz, entre outras funções, de sugerir os tratamentos de câncer de pulmão mais adequados para determinados pacientes.

 

  • Desenvolver carros autônomos — em outras palavras, um dos elementos mais icônicos em obras de ficção científica: o carro que se locomove, com toda segurança, ao destino desejado, mas sem a necessidade de ter um ser humano conduzindo-o.

 

Benefícios e vantagens da Inteligência Artificial sob a ótica corporativa

Não há outra maneira de dizer isso, mas a utilização de Inteligência Artificial é condição fundamental para que empresas e organizações se mantenham competitivas nos mercados em que atuam. Alguns exemplos:

  • Aumento da automação empresarial

A automação é uma das principais vantagens proporcionadas pela IA — e impactou de maneira significativa em setores como transporte, bens de consumo, serviços e telecomunicações. Tecnologias unindo IA e automação, aliás, vêm se tornando essenciais para a jornada do cliente, tanto para grandes quanto para empresas de médio porte.

 

  • Redução de custos operacionais

É importante ressaltar, aqui, que além de reduzir os curtos operacionais, a IA também proporciona economia a longo prazo — além de oportunidades de escalabilidade para a companhia.

 

  • Eficiência no atendimento

O atendimento é realizado de maneira mais ágil e eficaz por meio de chatbots, que solucionarão grande parcela das dúvidas dos clientes e usuários (e também aprenderão mais a cada interação graças ao aprendizado da máquina).

 

  • Foco no core business

Com a rapidez e eficiência proporcionadas pela IA em processos manuais repetitivos e monótonos do cotidiano, os colaboradores podem se dedicar a tarefas mais produtivas e estratégicas. Assim, é possível elevar a motivação e o engajamento das equipes, além de proporcionar o sentimento de que estão, de fato, agregando valor à organização.

 

  • Redução de falhas humanas e retrabalho

Outro grande benefício da utilização da IA é a redução do retrabalho e dos erros humanos decorrentes de fatores como carga de trabalho e os desafios profissionais diários, por exemplo.

 

  • Rapidez na tomada de decisões

Por meio de IA é possível organizar a distribuição de dados, analisar tendências, identificar  incertezas e obter previsões — otimizando, assim, a tomada de decisões (aspecto essencial em um mundo cada vez mais dinâmico e competitivo).

 

  • Melhor experiência para o cliente

Há diversas aplicações da Inteligência Artificial que permitem conhecer melhor o cliente e, por consequência, desenvolver ofertas personalizadas para fidelizá-lo. Em outras palavras: as chances de oferecer uma boa experiência ao consumidor são bem maiores.

 

Tendências para o futuro

Segundo o relatório Worldwide Semiannual Artificial Intelligence Tracker, da IDC, as receitas mundiais do mercado de IA (e isso inclui software, hardware e serviços), este ano, atingirão US$ 432,8 bilhões — e a expectativa é que ultrapassarão US$ 500 bilhões em 2023. Em outras palavras, isso significa que, nos próximos anos, a tecnologia avançará para solucionar questões ainda mais complexas por meio de soluções inovadoras estruturadas em Inteligência Artificial. Entre as tendências para o futuro, é possível destacar:

  1. Cyber Segurança: a segurança da informação é um fator prioritários para empresas e organizações. Por meio de IA é possível implementar novos sistemas de antivírus e desenvolver ferramentas mais eficientes para identificar padrões criminosos em transações digitais, violações de dados e outros ataques cibernéticos a partir de coleta e análise de dados.

 

  1. IoT (Internet of Things): ainda que aparelhos inteligentes já façam parte do dia a dia, a tendência é que os dispositivos IoT associados a Inteligência Artificial continuem a evoluir — e, dessa maneira, eleve (entre outros exemplos) a automação de equipamentos em indústrias a novos patamares — proporcionando mais produtividade, controle e qualidade de gestão.

 

  1. Reconhecimento facial: outra tendência em expansão (que, aliás, foi impulsionada pela pandemia) é o aprimoramento do reconhecimento facial. Através de tecnologias biométricas é possível identificar as características faciais de indivíduos em imagens e vídeos e, em seguida, compará-las com informações em bancos de dados. É importante observar que esse sistema, no futuro, se tornará muito mais sensível e preciso.

 

  1. Cidades inteligentes: por meio de IA é possível desenvolver regiões mais sustentáveis, com infraestrutura adequada e serviços públicos para moradores, revitalizando economia e revitalizando comunidades — além de analisar eventuais acidentes causados por motoristas imprudentes, pistas interditadas, trânsito e até mesmo prever desastres naturais.

 

  1. Big Data: a importância desse conceito nos anos que virão se traduz pelo volume crescente de informações provenientes das interações com devices Em outras palavras, isso significa que a IA aprimora suas decisões à medida em que é alimentada por mais e melhores dados.

 

Inovação com resultado

Projetado para criar novos produtos e atender às necessidades de inovação de empresas e organizações,  o programa de desenvolvimento e aceleração de novos negócios da Nexmuv contempla:

  • identificação de possíveis parceiros alinhados à tese do programa;
  • seleção dos parceiros mais adequados e com maior potencial para a aceleração;
  • apoio para o desenvolvimento do produto ou negócio, com possível aporte financeiro e suporte nas áreas de marketing e vendas, jurídica e administrativa;
  • aceleração equity-free junto às startups selecionadas a fim de identificar as melhores oportunidades para a tese da companhia.

 

Identificamos oportunidades e ampliamos os resultados dos esforços de inovação ao transformar o negócio por meio da ligação com start-ups e diversos agentes externos. Além disso, construímos, com seus colaboradores, equipes com mindset de empreendedores internos, ou seja, aptos a criar, desenvolver e gerir produtos e serviços inovadores. Acesse e conheça todos os benefícios e vantagens que a Nexmuv pode proporcionar para sua empresa: www.nexmuv.com.br