A abordagem Agile, na qual os sistemas e aplicações são desenvolvidos colaborativamente, com foco em resultados, pode ser definido como um mindset que potencializa a criatividade, inovação e, em especial, a flexibilidade para responder rapidamente a mudanças — aspectos essenciais para organizações que desejam manter sua competitividade.

Já o low-code, por sua vez, consiste em um método de desenvolvimento que utiliza plataformas visuais e, desse modo, possibilita a construção de sistemas e aplicações de maneira rápida —minimizando, assim, a codificação manual ao permitir que os desenvolvedores usem componentes pré-construídos e interfaces gráficas para desenvolver projetos.

E o fato é que, ao reduzir barreiras técnicas, o low-code também permite que mais equipes participem do processo — mesmo que não possuam conhecimentos profundos de codificação. Em outras palavras, isso significa dar mais autonomia aos times da organização — que, desse modo, poderão contribuir para o desenvolvimento de aplicações.

Vale destacar também que, segundo o Gartner, o mercado mundial de tecnologias de desenvolvimento de baixo código deve atingir US$ 26,9 bilhões este ano — um aumento de 19,6% em relação a 2022. Ainda de acordo com a consultoria, as tecnologias aplicadas aos negócios serão as principais impulsionadoras da aceleração do uso de recursos low-code até 2026.

Muito bem! Neste artigo veremos como a adoção da metodologia low-code possibilita, a empresas e organizações em todos os segmentos, obter os benefícios proporcionados pelo desenvolvimento ágil. Afinal, em termos gerais, é possível afirmar, sem embargo, que os dois conceitos têm, a mesma finalidade: entregar, com eficiência e rapidez, soluções adaptáveis de elevada qualidade.

Abordagens complementares

O low-code e a metodologia Agile possuem, como dissemos, um objetivo comum — ou seja, desenvolvimento e entrega de sistemas e aplicações eficazes no menor tempo possível. Sob tal perspectiva, aqui estão algumas das maneiras pelas quais as abordagens se complementam:

  • Iterações mais rápidas

A implementação de mudanças com rapidez, aspecto facilitado pela utilização de plataformas low-code, é um dos pilares centrais do desenvolvimento ágil. Assim, ao permitir a construção visual das aplicações, o low-code imprime velocidade aos sprints — e o ciclo de feedbacks torna-se mais curto e eficiente.

  • Prototipagem ágil

As plataformas low-code permitem criar protótipos funcionais em um curto espaço de tempo e, desse modo, aumentar consideravelmente a produtividade. Assim, clientes e stakeholders podem ver — e, naturalmente, testar — as funcionalidades do produto antes do lançamento final.

  • Feedbacks contínuos

Ao permitir que os stakeholders visualizem e testem as aplicações em seus estágios iniciais, as plataformas low-code se alinham perfeitamente a um dos principais aspectos da filosofia de desenvolvimento ágil: coletar feedbacks e realizar ajustes contínuos.

  • Colaboração

Um ponto essencial do desenvolvimento ágil é o fortalecimento da colaboração entre equipes — e o low-code contribui sobremaneira para isso ao permitir pessoas com nível técnico menos aprofundados dos times ofereçam contribuições ao projeto — além, claro, de simplificar o trabalho dos desenvolvedores.

  • Redução de riscos

Entregas mais frequentes e possibilidade de prototipagem rápida permitem, às equipes, validar conceitos e funcionalidades com os stakeholders mais cedo. Desse modo, é possível diminuir significativamente o risco de desenvolver funcionalidades que não atendam às necessidades reais do usuário ou do negócio.

  • Flexibilidade para mudanças

As mudanças são frequentes (e esperadas) em um ambiente ágil. E, graças à natureza modular das plataformas de baixo código, os times podem realizar as alterações necessárias sem reescrever grandes partes de código. O processo de adaptação se torna, assim, muito mais rápido — e, naturalmente, menos cansativo.

  • Redução de custos

Ao diminuir o tempo de desenvolvimento, aspecto potencializado pela construção visual mais rápida e a ênfase nas entregas incrementais, a tendência é que haja considerável redução nos custos associados ao projeto. Há, ainda, outros fatores extremamente relevantes nesse sentido — como, por exemplo, menor necessidade de especialistas e alterações menos dispendiosas — graças à natureza iterativa e flexível do desenvolvimento ágil e à facilidade proporcionada pelo low-code.

Low-code: Uma estrada sem volta

Com os mercados em constante transformação, abordagens e estratégias de negócio representam instrumentos fundamentais, que permitem às empresas e organizações encontrar maneiras eficazes para atuar sob uma cultura de inovação — e, desse modo, conquistar mais espaço em seus respectivos mercados.  Para todos os efeitos, isso significa que, ao associar low-code ao desenvolvimento ágil, é possível obter benefícios que vão além da entrega rápida de um sistema ou aplicação.